Por: Alex Sandro Perez Santos – Teólogo
Em uma aldeia remota, cercada por montanhas e rios , vivia um jovem chamado Dane. Dane era cego desde o nascimento, mas possuía uma habilidade extraordinária: ele tocava violino como ninguém. Suas melodias eram tão doces e profundas que pareciam tocar a alma de quem as ouvia.
Certo dia, um estrangeiro chamado Boned chegou à aldeia. Vinha de terras distantes e falava uma língua desconhecida para os habitantes locais. Boned estava exausto e faminto, mas ninguém conseguia entender seus pedidos por ajuda. As pessoas, desconfiadas do desconhecido, evitavam-no.
Ao entardecer, Dane estava sentado na praça central tocando seu violino. As notas flutuavam no ar, enchendo o ambiente de serenidade. Boned, atraído pela melodia, aproximou-se e sentou-se ao lado de Dane. Embora não pudesse ver, Dane sentiu a presença de Boned e continuou tocando, agora com ainda mais emoção.
Boned começou a chorar silenciosamente. As notas do violino pareciam contar sua história de saudade e esperança. Sem dizer uma palavra, Dane terminou a canção e estendeu a mão, oferecendo um pedaço de pão que carregava consigo. Boned aceitou, sorrindo entre as lágrimas.
Os aldeões observaram a cena e compreenderam que, mesmo sem visão ou linguagem comum, aqueles dois estranhos haviam se conectado de maneira profunda. Movidos pela bondade de Dane, eles decidiram ajudar Boned, oferecendo-lhe comida e um lugar para descansar.
Moral da história: A bondade é uma linguagem que todos podem ouvir, inclusive os que não podem ver.